Efluentes Líquidos Industriais

Entenda sobre o tratamento, legislação, gestão e problemas ambientais causados pelo descarte irregular desses efluentes

Por: Manuella Juttel – 21/10/2021

Cresce cada vez mais a importância da discussão sobre o desenvolvimento sustentável frente ao papel fundamental que o mesmo tem de equilibrar e construir o futuro. Para tanto, é preciso estabelecer medidas e recursos que impactem positivamente esse desenvolvimento. Dentre essas medidas, uma das principais para a preservação ambiental é o tratamento de efluentes, que deve ser adotado pelas indústrias.

Hoje em dia a maioria dos produtos que consumimos é produzida pelas indústrias. Comidas, roupas, aparelhos eletrônicos, materiais plásticos, e uma lista que parece interminável. Nesse contexto, um grande problema enfrentado é a quantidade e o potencial poluidor de efluentes líquidos resultantes desses processos industriais.

Mas, primeiramente, você sabe o que é um efluente líquido industrial?

A ABNT – NBR 9800/1987 define efluentes de processos industriais como “despejos líquidos provenientes das áreas de processamento industrial, incluindo os originados nos processos de produção, as águas de lavagem de operação de limpeza e outras fontes, que comprovadamente apresentem poluição por produtos utilizados ou produzidos no estabelecimento industrial.Esses efluentes podem conter alta concentração de matéria orgânica, óleos e graxas, metais, organismos patogênicos e outras substâncias que devem ser submetidas a um processo de tratamento para evitar danos à saúde da população e ao meio ambiente.

A composição do efluente varia conforme o ramo de cada indústria. Dentro de uma mesma indústria também é possível encontrar oscilações na composição dos efluentes, pois são originados de diferentes processos, como os citados no parágrafo acima.

Problemas ambientais causados pelo descarte irregular de efluentes líquidos industriais:

Os efluentes gerados ao final da fabricação de um produto contém componentes usados durante a produção do mesmo. Isso inclui as substâncias químicas que foram necessárias para sua fabricação. Ou seja, o efluente gerado no processo industrial tem em sua composição alta carga poluidora capaz de contaminar os corpos em que será disposto, podendo levar a poluição de solos, a contaminação do lençol freático e cursos d’água, e, consequentemente, o desequilíbrio do ecossistema local e da saúde humana.

Por isso o tratamento de efluente é algo tão importante, pois visa dispô-lo de maneira correta, após ser submetido a um tratamento para retirar cargas poluidoras que possam afetar o corpo receptor.

Legislação

A destinação correta dos efluentes industriais é uma questão legal. Devido ao potencial de impacto, a legislação brasileira demonstra rigor para que as empresas estejam regularizadas de acordo com resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e as leis estaduais e municipais. 

O CONAMA, por meio das resoluções  357/2005 e 430/2011, dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Essas resoluções servem como referência para que as indústrias adaptem o tratamento dos efluentes de acordo com as exigências apontadas.

Caso seja constatado desacordo com os parâmetros das resoluções, a empresa estará sujeita a multas e autuações conforme a legislação vigente.

Mais que uma questão legal

O tratamento de efluentes não deve ser realizado apenas para cumprir uma questão legal. Para além de proporcionar a disposição correta dos resíduos, contribuindo para a preservação ambiental, há diversas outras vantagens que podem ser obtidas: 

  • Minimiza o lançamento de efluentes responsáveis pela proliferação de vetores patogênicos, melhorando a qualidade de vida da população do local;
  • Evita prejuízos financeiros causados por desacordo com os parâmetros da legislação;
  • Contribui para a boa imagem e resultados da empresa, graças a ações ambientalmente corretas;
  • Otimiza as operações e minimiza custos da empresa (você sabia que dependendo da composição o efluente pode ser submetido a um tratamento para ser reutilizado em outras atividades da empresa? em breve falaremos mais sobre isso)

Diretrizes para a gestão de efluentes

Os responsáveis pelas fontes poluidoras dos recursos hídricos deverão realizar análises periódicas para o controle e acompanhamento dos efluentes lançados nos corpos receptores. Também é responsabilidade do gestor apresentar ao órgão ambiental competente, até o dia 31 de março de cada ano, a Declaração de Carga Poluidora, referente ao ano anterior.

A Declaração de Carga Poluidora indica a caracterização qualitativa e quantitativa dos efluentes, baseada em amostragem representativa dos mesmos. Ou seja, é um documento em que o responsável pelo efluente líquido potencialmente poluidor informa ao órgão ambiental competente características químicas e quantidade do efluente transportado ou lançado em corpos d’água.

Precisa realizar o tratamento de efluentes da sua empresa?

Esse é um projeto bastante desenvolvido pela EJESAM. Realizações para a empresas como a Renner e a Base Aérea de Florianópolis fazem parte dos 28 anos de experiência que possuímos no mercado. Além de contar com profissionais para orientar em nossos projetos, possuímos uma equipe engajada e pronta para desenvolver esse projeto com exclusividade para nossos clientes. Entre em contato para saber mais informações: